Engajamento no Instagram, fim dos likes e a força do conteúdo

bangboo

A maneira mais popular, disseminada e até mesmo vista como símbolo de engajamento no Instagram está chegando ao fim. 

No dia 17 de julho de 2019 a rede social começou uma série de testes para colocar fim ao número de curtidas que uma publicação acumula. Por enquanto, a medida é só para os smartphones, mas logo deverá chegar também aos computadores.

Os dados continuam lá, mas não serão abertos ao público. Ou seja, só você, dono da conta, poderá ver os números e ninguém mais.

Mas e agora, o que vai acontecer? É sobre isso que vamos falar neste post. Um pouco do passado, do presente e, claro, do futuro. 

Continue a leitura e entenda melhor sobre o que estamos falando.

Quais são os objetivos do Instagram com a mudança?

“Não queremos que as pessoas se sintam em uma competição dentro do Instagram”, disse a rede social para justificar a retirada da contagem de “likes”.

Segundo eles, seu objetivo é promover mais bem-estar aos usuários da plataforma, reduzir sua ansiedade, os efeitos psicológicos e incentivar um uso mais consciente.

O Instagram também afirma que a medida ajudará a comunidade a combater o bullying e criar um engajamento maior com vídeos e fotos, diminuindo a necessidade da aceitação social representada pelos milhares e milhares de likes.

E este parece ser o movimento natural da produção de conteúdo digital. Ao que tudo indica, medidas parecidas chegarão em breve a outros “territórios” digitais, como Facebook, LinkedIn, YouTube, etc. 

O foco agora é em conteúdo de qualidade. 

Mas aí surge a pergunta: como medir o engajamento sem este dado visível? 

Bem, nos tempos atuais, nem sempre os números dizem tudo que precisamos saber.

Como vender 36 camisetas para mais de dois milhões de seguidores?

Uma pergunta fácil de se responder, mas nem tanto de ser faturada. 

A digital influencer Arii, de 18 anos, lançou uma linha de camisetas para a marca que estava criando. Mas antes da produção começar ela tinha uma meta: vender no mínimo 36 unidades.

Isso significa que dos seus 2,6 milhões de seguidores, ela precisava vender para apenas 0,0014% deles, ou seja, muito menos de 1% do seu público.

Moleza, não é? Não. A meta não foi atingida e a produção não foi continuada. 

“Mas como? Com o tamanho do seu alcance, era óbvio que o objetivo seria cumprido! Por que ele não aconteceu”? 

Simples: nas redes sociais, números de seguidores ou likes não são parâmetro de engajamento. Conteúdo sim! E é disso que o usuário gosta.

Vivemos uma época onde relevância e qualidade se mostram mais fortes do que um amontoado de curtidas.

Com certeza, depois deste episódio, as empresas estão repensando a sua maneira de anunciar com influenciadores. Ao invés de olhar apenas para a quantidade, elas deverão fazer análises dos conteúdos. Qualidade gráfica, comentários contextualizados e, claro, a taxa de conversão, entre outros dados.

Do outro lado não será diferente. Já existem muitos influenciadores que produzem conteúdo de altíssima qualidade, comprometidos com resultados reais, como Felipe Castanhari, com o canal Nostalgia. E esse número, agora, só tende a crescer.

Mais conteúdo rico, menos bots e números vazios. Esse é o “novo” Instagram. 

Redes sociais estão sempre mudando

Já passamos por muita coisa nessa internet. ICQ, MSN, My Space, Orkut, Fotolog, Facebook, Instagram, LinkedIn, WhatsApp.

Se tem uma coisa que aprendemos nesses mais de 20 anos de “www” é que redes sociais mudam. O Orkut não tinha curtidas, mas sim scraps, depoimentos e comunidades. O Fotolog só permitia um upload por dia  e um número limitado de comentários por foto. E por aí vai.

As redes estão em constante adaptação, modificando detalhes, ajustando erros, criando novas maneiras de conexão, tudo para melhorar a interação entre os usuários.

Afinal, esta é base de todas elas, a interação dos usuários. Quanto mais tempo eles passarem lá, trocando fotos, vídeos e ideias, melhor. 

Engajamento no Instagram: o que vem no futuro?

O Instagram está levantando a bandeira de paz. A empresa quer o fim das competições por números e agora coloca em destaque a força do conteúdo. 

Ela também quer diminuir o comportamento de manada e utilizar a qualidade e relevância como seu elemento principal. Quem perde com isso? Bots de interação, atividades de compra e venda de seguidores, entre outros.

Uma utilidade chamada “Away Mode” também está nos planos da rede social. A ferramenta permitirá que o usuário encerre todas as suas notificações e deixe a conta suspensa pelo tempo que quiser, sem precisar apagá-la. 

A experiência tende a ficar mais personalizada também, como a escolha de quem poderá enviar mensagens privadas, comentar publicações, e por aí vai. 

O que podemos esperar é que a maior constante do universo, a mudança, vai continuar acontecendo no Instagram.

E quem ganha com isso? Você e eu.